terça-feira, 16 de junho de 2009

João Wainer em Luanda

Estou postando esta amostra fresquinha do trabalho do João Wainer em Luanda. Esse fotógrafo é uma inspiração pra mim, acho que muita gente já percebeu que sou aficcionada pelo trabalho dele.

Em breve virei com um post falando mais a respeito disso, mas já posto pra não perder a novidade enquanto acabo com os trabalhos de fim de semestre!

Amantes da fotografia... Enjoy!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Fotojornalismo: PM no Campus

Tentei emplacar na Folha de novo, mas não rolou. Deu no "Foto Repórter", do site do Estadão.
Vou postar as fotos aqui, com exceção da que, agora, pertence à Agência Estado.
Para ampliar a imagem, é só clicar sobre ela. (Fotos: Yuri Gonzaga 01/06/2009)


















Manifestantes disseram que havia concentração de 100 pessoas; polícia, 60

PM em frente às
viaturas, atrás da reitoria


Vieram motos, furgões, Blazers e Kombis da PM; também vieram resgate e caminhão do corpo de bombeiros
As três estaduais
em conjunto nas manifestações
Reitoria "recebeu" caminhão de som do Sintusp, com músicas e agitação pelo microfone
Policiais Militares assistem manifestações esfriando


A polícia foi embora por volta das 18 horas, segundo a Agência Estado

Pela primeira vez desde a ditadura militar, a tropa de choque entrou no campus

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Revista Veja tem redação pautada em política liberal, afirma editor da Folha

Fernando de Barros e Silva, editor do caderno Brasil da Folha de S. Paulo, em entrevista coletiva, fez fortes críticas à revista com maior número de assinantes no Brasil, carro-chefe da Editora Abril.

Segundo o jornalista, a Veja pauta sua redação de acordo com sua política liberal e sequer esconde isso. Além disso, ela seria responsável por tentar transformar algumas figuras públicas em “personagens a serem combatidos”.Entre as críticas, ele aproveitou para colocar o veículo no qual trabalha como uma espécie de antro da pluralidade e disse que a “pecha de ser antipetista é o preço que o jornal paga por sua independência”.

Ainda nesse embate, Fernando de Barros fez uma comparação entre os dois veículos e usou uma metáfora inusitada, afirmando que a multiplicidade de visões que a Folha oferece não passa de “cacofonia anárquica de opiniões” para uma revista como a Veja.

Nem a Rede Globo escapou das críticas do editor. De acordo com Fernando de Barros, a emissora errou no seu relacionamento com diversos políticos, inclusive com atual presidente brasileiro, que teria procurado a Globo. Fernando de Barros defende que o meio deve procurar a fonte e que o papel do jornalista é investigar o poder, não servir de assessor dele.

As opiniões de Fernando Barros não se restringem a críticas da chamada “imprensa liberal”, mas o editor é bastante conhecido pelas polêmicas que cria e pelos debates que sucita. Uma delas, inclusive, com o jornalista Mino Carta, diretor de redação da revista Carta Capital.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Greve do SINTUSP ameaça desempenho de ecanos no JUCA

Pessoal, como estamos meio ocupados ultimamente e, logo, sem tempo para postar, pensei em aproveitar o texto que fiz pra entrar na J. Júnior. Gostei do resultado e não quis desperdiçar. Espero que também agrade vocês.

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Depois de três anos consecutivos entre as duas primeiras colocadas nos Jogos Universitários de Comunicação e Artes e sete anos entre as três, a ECA-USP corre o risco de deixar o placar da liderança. O Centro de Práticas Esportivas da Cidade Universitária possivelmente fechará suas portas devido à greve dos funcionários do campus organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP. A rotina normal dos treinos ficará impedida ou será, no mínimo, dificultada.

"Se a gente não tiver nenhum lugar para treinar, obviamente vamos perder até da PUCCAMP", lamenta Mariana Gianjoppe, do time de vôlei da ECA. Consta no site do JUCA que, nas suas últimas participações, a PUC de Campinas, ou PUCCAMP, ficou respectivamente em 6º e 8º lugar. “E não só no JUCA, mas também seremos prejudicados em outros campeonatos”, diz ela, referindo-se ao BIFE e à Copa USP. O JUCA, porém, é o campeonato esportivo mais esperado do ano para os estudantes das faculdades de Comunicação e Artes.  

Para contornar a situação, os Diretores de Modalidade (DMs) da ECAtlética, a Atlética da ECA, buscam alternativas de quadras disponíveis. “Os treinos não serão interrompidos, pois poderemos usar a quadra do Hospital Universitário. No entanto haverá grande procura e conflitos de horários, já que todo mundo vai querer treinar lá”, considerou Bruno Leite, o DM de handebol masculino. Ele procurou na internet quadras para aluguel, mas reclama do preço: “A média é de 70 reais por hora de uso”.

Empregar o dinheiro da Atlética no aluguel de quadras é uma alternativa viável, mas custosa. Beatriz Oliveira de Souza, DM de vôlei feminino explica: “O dinheiro da Atlética está guardado para compra de material esportivo, festas e inscrição em campeonatos. No planejamento de gastos de outras faculdades o aluguel de quadras já consta, mas no caso da ECA é difícil encaixar nas despesas”. Para o caixa da Atlética contribui principalmente a Taxa do Atleta, ou TAU, cobrada de cada ecano que pratica algum esporte ligado à organização. No caso, o valor tenderia a encarecer.

Enquanto os alunos da ECA sofrem com a situação, os de outras faculdades treinam com todo seu empenho. “A maioria das modalidades já está com os treinos marcados até o JUCA. Todos têm treinado o máximo de vezes possíveis”, diz Rodrigo Simões, aluno da Cásper Líbero, que vai jogar futebol e handebol no campeonato. “Se estivesse na ECA, ficaria bastante chateado com a situação, mas, infelizmente, o esporte universitário é assim.”

Na Cásper, os alunos também vivem sob constante ameaça de não terem espaço onde treinar. “Desde o ano em que eu entrei (em 2007), convivemos com boatos e ameaças de que a Fundação vai “tirar” a quadra da gente”, falou ele. Sem a obrigação de aulas de educação física para os cursos superiores oferecidos, a faculdade pensa em utilizar o espaço ocupado pela quadra para outros fins.

Apesar de ser adversário dos ecanos, Rodrigo deixa um estímulo: “Acredito que para a ECA, perder o CEPE-USP é perder uma vantagem, mas não é motivo para desespero ou não treinar. Em último caso, os times podem treinar marcando uns jogos amistosos com faculdades que tenham quadra. Não é o ideal, mas esporte universitário é isso aí. Sempre tem que dar um jeito.”



Ecanos no Juca de 2008

Créditos da Foto: site da Ecatlética (www.ecatletica.com.br)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Renovação Ilusória

Uma TV digital é melhor que uma analógica, mas sua funcionalidade não comporta muito mais que melhor qualidade de imagem (o que é bom, mas é um mimo). Já um microsystem com entrada pra mp4, bem, isso desvaloriza a música. Aumenta a capacidade, a torna mais compacta, mas diminui sua qualidade - essa crítica é feita desde as primeiras tecnologias pós-LP. Se alguém gosta muito de música, daria mais valor a uma vitrola usada de um mercado de pulgas que a um IPod de última geração. No entanto, poucos consumidores sabem disso.

Não pretendo comparar a evolução das mídias. Pretendo falar da involução dos consumidores. Antes de ler uma reportagem que falava sobre o formato mp4 (em uma revista de baixa circulação), eu sequer imaginava que tamanha tecnologia poderia representar uma queda de qualidade do produto - e me refiro apenas à sua funcionalidade, e não à resistência daquelas velhas geladeiras coloridas da casa da vovó que duram há mais de vinte anos. A propaganda desenvolve novos produtos de um modo que é irrefutável seu avanço, sua "revolução". Não é exatamente a renovação das tecnologias que alimenta essa sociedade de consumo devoradora do meio ambiente, mas uma renovação ilusória que é legitimada pela falta de informação ou senso crítico/prático dos consumidores.

Abstenho-me de comentar longamente o interesse das próprias empresas em produtos intermediários, em atrasar novas tecnologias para criar mais produtos que se tornarão brevemente obsoletos. Lembro de um burburinho que dizia que, quando foi lançado o Pentium 2, já havia tecnologia o suficiente para estarem lançando o Pentium 3. O consumidor voraz é estimulado por uma indústria cretina.

Penso qual seria a solução em uma sociedade assim, e não creio que seja a mesma adotada por Cuba e sua grande restrição a novas tecnologias: seria valoroso um consumidor que conseguisse esperar tanto tempo quanto possível para adquirir as últimas novidades. Quem conseguir sentir-se obsoleto por mais tempo sem prejudicar seu trabalho e suas fontes de informação, conciliar os fatores tempo e necessidade, ganha. Não deve, no entanto, tornar-se definitivamente obsoleto. Imagine se fôssemos assim: edições de música, de vídeo, ainda seriam feitas apenas em ilhas de edição! Não devemos desvalorizar essas novidades que tornaram a informação tão rápida, abrangente espacial e qualitativamente - e, a cada dia, mais popularizada. Obviamente refiro-me ao meu querido computador, à minha frente, no qual estou a escrever este artigo.

Um consumidor consciente não é o consumidor que repudia novidades e nem o consumidor que compra indiscriminadamente tudo o que é novo. Cabe a ele a consciência de que novas tecnologias podem ser traiçoeiras para a sociedade de consumo e essa ser traiçoeiríssima para o meio ambiente, mas a obsolescência, por sua vez, é traiçoeira para a democratização de tecnologias de informação. O consumismo é o apocalispse do meio ambiente, mas esse sentimento evocado por puristas, de negação da tecnologia, não é mais uma saída para qualquer sociedade consolidadamente democrática.