quinta-feira, 2 de abril de 2009

Hospital Universitário da USP passa por reforma, funcionários reclamam


O que segue é o meu primeiro texto para a disciplina "Laboratório de Jornalismo Impresso I", do nosso curso de jornalismo, na USP. Ele foi recusado por conter "polêmica", a qual devo guardar para o Jornal do Campus, segundo o professor Dirceu. Amanda, colaboradora desse Experimenta(l), propôs que eu o postasse aqui. Obrigado, Amanda, achei uma boa ideia e é o que estou fazendo agora.
Segue matéria na íntegra.

O Hospital Universitário da USP (HU-USP), no bairro do Butantã, está passando por reforma no pronto-socorro, que foi transferido para a seção de atendimentos comuns. Segundo funcionários, as obras comprometem seu trabalho. O prazo é até final de abril de 2009. Conforme engenheiro responsável, deverá melhorar o procedimento médico de urgência do hospital e a entrega deverá ser adiantada para 9/04.

A reforma levou todo o pronto atendimento para o chamado hospital-dia, onde são marcadas consultas oftalmológicas, dermatológicas e outras. As ambulâncias e macas percorrem uma distância maior até alcançar um médico. Os pacientes de emergência obrigatoriamente passam pela sala de espera desse setor.

Funcionários afirmam que haverá problemas até o término da reforma. Silvio Frank, vigilante de patrimônio no HU-USP, diz que o trabalho do atendimento ficou mais confuso e menos eficiente. Fora isso, não há segregação pelo estado dos pacientes. “Pela mesma porta, entram grávidas, baleado e esfaqueado”, diz. Uma funcionária do hospital que não quer se identificar diz que, por causa do fluxo concentrado de pessoas, o seu trabalho e o do resto dos funcionários aumentam.

Por outro lado, o engenheiro responsável pela obra, Marcos Morel dos Reis, afirma que o deslocamento do pronto-socorro não prejudica os pacientes. Quando perguntado, respondeu “tudo está ocorrendo conforme planejado, acredito que o atendimento não esteja prejudicado”.

Concorda com Morel dos Reis o usuário do hospital Ednilson Campos. Segundo ele, apesar do espaço reduzido, os procedimentos médicos de urgência não estão prejudicados. Seu irmão, que está na UTI do Hospital Universitário, foi atendido satisfatoriamente, além da obra ser necessária. “A reforma é conforme o que o povo merece, uso sempre o HU-USP e confio”, diz o morador da rodovia Raposo Tavares.
Para Marcos Morel dos Reis, o intuito da obra é o bem-estar. “O objetivo da reforma é o paciente”, resume. Os funcionários preveem menor tempo de atendimento quando as obras estiverem terminadas e também a consideram necessária.

As obras tiveram início dia 1º de outubro de 2009 e devem ser entregues em 9/04. “O nosso prazo era final de abril, mas conseguimos antecipar e vamos entregar já no dia nove”, afirma o engenheiro. Responsável também pelo projeto, Morel dos Reis diz que o processo foi rápido: não passou de um mês para tirar a ideia do papel.

Essa não é a primeira reforma do HU-USP, inaugurado em 1981. Em 2005, foram investidos cerca de R$ 450 mil em obras e equipamentos, segundo o “Jornal do HU”. As obras incluíam melhorias no Centro Obstétrico e criação do setor de reabilitação do hospital. O valor da reforma de 2008/09 não foi divulgado. A Universidade de São Paulo bancou as reformas.

6 commentz:

Yuri Gonzaga disse...

Por email, a Amanda já fez dois comentários. Vou citá-la:
Tipo, eu não sei se é bobo, mas costumo ver o "que" antes das aspas... tipo quando vc escreve: "Quando perguntado, respondeu “tudo está ocorrendo conforme planejado, acredito que o atendimento não esteja prejudicado”. " sinto falta do "que"... Também achei desnecessário você ter colocado "morador da Raposo Tavares". Eu li e pensei "ok, e daí?".

Bom, depois de "respondeu", eu devia ter colocado dois pontos! Errei mesmo. "Morador da Raposo Tavares" (hauhauha) foi uma espécie de picaretagem minha, já que perguntar a ocupação do carinha ia ser a coisa certa. Mas tem um certo sentido: eu sempre achei que o HU atendesse majoritariamente são-remanos, entao coloquei como se fosse algo peculiar: usuário de fora da São Remo ou USP!

Priscila Jordão disse...

pq a amanda comentou por e-mail? num entendi

e não vejo motivo pra matéria não ser publicada!!!! polêmica? pq? apesar de a reforma estar comprometendo o trabalho dos funcionários é o preço a pagar por melhorias, não?
sua apuração parece ter sido mto boa e trabalhosa yuri, parabéns!!! a matéria tá bem completa.

Amanda Previdelli disse...

ele me falou que o Dirceu pediu pra não publicar essa matéria, então pedi pra ler. Aí ele me mandou por email e eu respondi falando uma ou outra coisa que eu achei. :)

puuuts, como eu falo "tipo" hahaha

mas realmente, Yuri, apesar da matéria ser sensacional esse morador da raposo tá picaretão! huahuahauhau

Gostei muito, acho que você conseguiu ser bem objetivo tanto que durante o texto inteiro eu fiquei "ummmm, a reforma é boa", "puts, não, a reforma é ruim"... foi um exercício interessante pro leitor, acho.

Yuri Gonzaga disse...

valeu 'brothers' Priscila e Amanda, fico mais seguro por ter atingido o objetivo (pegou o jogo de palavras? uhuahauha). Vamos bombar o blog!
ahuahuaha

Murilo Azevedo disse...

Além do morador da Raposo, só achei que algumas frases poderiam estar na ordem direta, como: "Concorda com Morel dos Reis o usuário do hospital Ednilson Campos."

E achei que foi uma apuração bacana e trabalhosa, é o que parece.
Muita sacanagem não entrar no AUN. A agência é mesmo uma assessoria da USP disfarçada. Eu vi quando o Dirceu falava com o Yuri; este pergunta: "Então, é pra promover a USP?". e o Dirceu veio com um "veja bem..." muito mal explicado.

Yuri Gonzaga disse...

hauuahuahuah o Dirceu acabou dizendo "é, na verdade a AUN promove a USP, por consequência". Já que ele é tão claro, então poderia falar logo na primeira aula como tinha que ser. Eu não tinha entendido.

bom, eu vivo me pegando invertendo a ordem das orações. Realmente é um hábito a ser mudado!